quarta-feira, 4 de julho de 2007

História Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza



Foi no ano de 1929 que o Doutor Demétrio Niederauer, então presidente do Conselho Municipal de Caxias do Sul, juntamente com outros idealizadores, tomaram a iniciativa da fundação de uma Escola complementar em Caxias do sul, tendo como lema: “O Trabalho vence tudo”. Em 1930 viram seus esforços coroados com êxito.
Pelo Decreto do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sob o número 4491, de 28 de fevereiro de 1930, é fundada a Escola Complementar de Caxias do Sul, a primeira em toda a região para a formação de professores primários. Em 15 de julho do mesmo ano é instalada pelo Sr. Alfredo Aveline, Inspetor Escolar, o qual ficou na Direção da Escola até assumir a primeira Diretora, Professora Maria Amorim. Na época de sua instalação a escola funcionou no prédio da Livraria Mendes.
Em 1931, passou a Escola a funcionar em dois prédios, à Rua Pinheiro Machado, números 2281 e 2295(hoje demolidos). Em janeiro de 1936, conjuntamente, com o Curso Primário do Grupo Escolar José Bonifácio passou a Escola Complementar a exercer suas atividades no novo edifício, mandado construir pelo Governo do Estado da época, hoje abrigando a Escola Estadual Presidente Vargas.
Por sugestão da Professora Rosalba Hipólito, diretora, foi escolhido para patrono, o nome de Duque de Caxias, que foi aprovado pelo Decreto número 810 de 31 de julho de 1943.
Em 1946, teve início o primeiro ciclo, Curso Ginasial junto as Escolas Normais e pela Portaria 195, de 21 de março do mesmo ano, passando a se chamar Ginásio Estadual da Escola Normal Duque de Caxias.
Em 1960, de acordo com a Lei número 2588, de 25 de janeiro de 1955 e respectiva regulamentação, aprovados pelos Decretos número 6071 de 1º de maio de 1955 e número 10034 de 23 de janeiro de 1959, o Curso de Formação de Professores Primários da Escola Normal Duque da Caxias, passou a funcionar pelo sistema departamental.
Em 1954, é criado no Colégio, o 2º ciclo, ficando anexo à Escola Normal Duque de Caxias. Seu funcionamento teve início em 15 de março do mesmo ano com o Curso Científico. O Curso clássico bem como o Ginasial Noturno começou a funcionar em 1957. A criação do Curso Colegial deve-se ao esforço da Diretora Professora Lygia Costamilan Rosa.
Em 23 de janeiro de 1959, pelo Decreto Estadual número 10045, recebe o Colégio seu nome definitivo: Colégio Estadual Cristóvão de Mendoza, em homenagem ao introdutor do gado no Rio Grande do Sul, Padre Cristóvão de Mendoza, martirizado pelos índios, na localidade, hoje denominada, Água Azul, distrito de Santa Lúcia do Piai, município de Caxias do Sul. Pelo ato, número 10 de 15 de julho de 1955, da Diretoria do Ensino Secundário do MEC, aprova a alteração do nome para Colégio Estadual Cristóvão de Mendoza.
Em 1961, o Colégio Cristóvão de Mendoza passa a utilizar o prédio na Avenida Júlio de Castilhos, especialmente construído para esta finalidade, pelo governo do Estado da época, e lá permanece até os dias atuais.
Em 1972, foi implantada a Reforma de Ensino de 1º grau, e em 1973 passou a oferecer educação geral, em parcerias com SENAI, SENAC e outras escolas estaduais da cidade, com a parte profissionalizante em habilitações de: magistério de 1ª a 4ª série, técnico de tradutor e intérprete, auxiliar de laboratório de análises químicas, auxiliar de desenhista e decoração, auxiliar de técnico de eletricidade, auxiliar de técnico de mecânica, auxiliar de escritório e técnico em economia doméstica, este último não obtendo sucesso algum e rapidamente eliminado do currículo.
Em 29 de maio de 2000 a escola sofre alteração de designação passando doravante a chamar-se Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza.

Atualmente a escola, funciona em tempo integral, com Pré- Escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Magistério. Atende 4033 alunos, e conta com 119 professores e 14 funcionários, bem como os setores de supervisão educacional e orientação educacional.
A Escola tem em seu departamento de eventos a possibilidade de ingresso de alunos na Banda Marcial Cristóvão de Mendoza gratuitamente, porém dependendo de teste para admissão, e aulas de ginástica e aeróbica, com pequena taxa de manutenção, além de eventuais palestras e encontros com palestrantes e assuntos de interesse da comunidade(ex. debate ao vivo no salão de atos da escola, com os candidatos a prefeitura de Caxias do Sul...), aulas de inglês e escolinha de esportes.
O Cristóvão como é carinhosamente chamado é a escola pública, mais tradicional da cidade de Caxias do Sul, localizada na área central urbana da cidade. É de fácil acesso e conta com amplas instalações físicas. O órgão mantenedor da instituição é a Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul.
Quanto aos ambientes físicos a escola possui, 31 salas de aula, secretaria, pátio interno, pátio externo, amplos corredores, quadra de esportes coberta e ao ar livre, refeitório, cozinha, sanitários femininos, masculinos, para professores, biblioteca, sala de vídeo e TV, laboratório de biologia, química, física e informática, ambiente para atendimento de primeiros socorros, parquinho, sala do Grêmio Estudantil, bar interno, salão de atos, sala de cinema(menor que o salão de atos), CLECS – Centro de Línguas (estadual, porém independente da escola, apenas utilizando o espaço físico), UERGS – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – Unidade Caxias do Sul(estadual, porém independente da escola, apenas utilizando o espaço físico), o NTE – Núcleo de tecnologia Educacional – 4ª CRE (estadual, porém independente da escola, apenas utilizando o espaço físico).
Salienta-se que as salas de aula são bem ventiladas, com áreas de livre circulação amplas(corredores e acessos).
Por se tratar de uma escola central urbana e bastante tradicional, o Cristóvão recebe alunos de todas as partes da cidade, principalmente no turno noite, com o Ensino Médio e Magistério, porém a maior parte de sua clientela vem da zona oeste da cidade, onde localizam-se bairros novos(menos de 10 anos) de classe popular e loteamentos populares da prefeitura, como o bairro Mariani, Vale Verde e Reolon, caracterizando uma clientela de classe média/baixa.
A faixa etária atendida é dos 6 aos 18 anos, com tendência a aumentar no noturno, devido ao problema de evasão escolar que se registra com mais intensidade neste turno. A maior faixa etária que se registra na escola encontra-se no magistério, que recebe alunos aproximadamente com 15 anos e não tem limite, já que atende pessoas de idade média, casados, já com outros cursos que decidiram voltar ao Ensino Médio e concluir o curso de Magistério.
A Escola tem como base de sua filosofia uma educação que prepara o aluno para o exercício da cidadania, superação dos conflitos, busca de soluções, fornecendo-lhe os requisitos necessários para a aquisição do conhecimento, direcionados à formação de valores morais, conduta ética e humana, indispensáveis ao convívio social. A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores.
A Escola busca atualizar-se através da participação e integração com as questões sociais que marcam e transformam a sociedade, garantindo-se como espaço de formação e informação significativa.
Tem por objetivos entre outros:
* Servir de suporte de trabalho em uma base ou grupos organizados, que formulem propostas práticas de intervenção na realidade que está sendo investigada, na perspectiva de sua efetiva transformação.
* Construir práticas que contribuam, de uma forma mais efetiva, com as mudanças de relações sociais, afetivas, culturais, políticas e econômicas.
* Organizar o conhecimento para que o aluno possa superar a sua visão de mundo, extrapolando a sua capacidade de estabelecer relações, transcendendo o conhecimento construído para outras situações que não a inicial.
* Proporcionar momentos nos quais a comunidade escolar possa envolver-se com o trabalho de resgate de valores éticos, principalmente na construção dos princípios de respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade.
* Elevar a auto-estima dos alunos através de atividades interativas, valorização da cultura, do ser humano, da bagagem cultural do educando e através dos princípios de convivência.
A Escola adota regime seriado anual: Ensino Fundamental: 1ª a 8ª séries; Ensino Médio: 1ª a 3ª séries; Curso Normal e Curso Normal via Aproveitamento de Estudos, com Regimento Parcial próprio.
O Currículo da escola está construído de forma interdisciplinar, integrando as áreas de conhecimento, através de propostas pedagógicas construídas a partir da realidade. Através do incentivo à pesquisa da realidade, busca-se uma metodologia de construção social do conhecimento, resultando num processo de ensino-aprendizagem, embasada na relação dialética entre a prática e a teoria. Através da valorização da cultura da população local, criamos espaços de participação de todos os segmentos da vida de nossa Escola, tornando-os co-responsáveis no processo de construção do conhecimento.
Dá-se relevância aos conteúdos de aprendizagem que explicitem seu compromisso em garantir o acesso aos saberes elaborados social e historicamente acumulados, tendo em vista que estes conteúdos são instrumentos para o desenvolvimento, a socialização e o exercício da cidadania.
A metodologia de ensino, unidade entre pensamento e ação, é o ponto de partida do processo de construção do conhecimento. É a prática social concreta e a realidade onde ela acontece, interelacionando todos os componentes curriculares. Para tanto, o ensino dar-se-á através da construção de um processo participativo de tomada de decisões, com a participação da comunidade, levando o aluno a um posicionamento crítico, frente aos meios de comunicação social e construção de formas alternativas para seu acesso à informação. Através da pesquisa, o aluno é estimulado a buscar novos conhecimentos, ampliando, assim, sua cultura.
A avaliação faz parte do ato educativo. No Cristóvão de Mendoza é contínua, participativa, cumulativa e interativa, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar. O ato educativo é percebido como um todo, onde ensino e aprendizagem ocorrem simultaneamente, onde avaliação e recuperação fazem parte desse processo, acontecendo, permanentemente, num mesmo tempo pedagógico, uma vez que são partes indissociáveis do processo, cujo objetivo maior é a aprendizagem.
A avaliação abrange dois focos distintos, específicos e internamente relacionados:
a) a Escola e segmentos;
b) alunos e professores em seu desempenho.
A avaliação da Escola envolve duas etapas:
a) avaliação interna de cada atividade, Serviço ou Instituição;
b) avaliação externa, pela comunidade escolar, através de reuniões com a finalidade de reavaliar as necessidades, reestruturando e aperfeiçoando novas diretrizes.
Durante as reuniões pedagógicas, administrativas e com todos os segmentos, repensa-se as ações da Escola, redefinindo metas, planejando e adequando as práticas desenvolvidas, conforme as necessidades apresentadas.
Na avaliação do desempenho, o nível dos objetivos propostos pelo professor é que determina a preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Os aspectos qualitativos referem-se ao nível de desempenho atingido pelo aluno em relação aos objetivos propostos pelo professor, enquanto que os aspectos quantitativos referem-se à extensão de objetivos atingidos pelo aluno.
A avaliação do desempenho é realizada durante e ao final de cada trimestre, bem como ao final das atividades escolares anuais, pelo julgamento de dados coletados sobre o desempenho do aluno, tomando-se por base a auto-avaliação do aluno e do professor.
As avaliações são somativas e trimestrais.
Os resultados da avaliação do aproveitamento escolar do aluno no processo ensino-aprendizagem são registrados trimestralmente, através de pontos, de uma escala de 0 (zero) a 100 (cem), sendo que a expressão de resultado final, ao término do ano letivo, far-se-á pelas menções: (A) Aprovado ou ( R) Reprovado. A avaliação do primeiro trimestre tem por valor máximo ( 30) trinta pontos; a avaliação do segundo trimestre tem por valor máximo (30) trinta pontos; a avaliação do terceiro trimestre tem por valor máximo(40) quarenta pontos. Para obter o resultado final do aproveitamento, após o período letivo, somam-se os pontos obtidos pelo aluno nos três trimestres. Considera-se aprovado o aluno que, ao final dos três trimestres, obtém aproveitamento igual ou superior a sessenta pontos.
Os estudos de recuperação propiciam ao aluno a oportunidade de superar dificuldades surgidas no decorrer do processo ensino-aprendizagem, podendo ser organizados de forma individual ou coletiva, sempre acompanhados pelo professor, devendo refletir seus resultados nas avaliações posteriores. Os mesmos acontecem paralelos ao período letivo, mediante acompanhamento do professor.
A freqüência mínima exigida corresponde a 75% das atividades escolares programadas.